domingo, março 09, 2008

Meus filmes sobre futebol

gooool


É meio paradoxal, mas o País do Futebol nunca produziu um filme memorável sobre o jogo. Aliás, não me lembro de muitos filmes realmente memoráveis com jogadores como protagonistas, exceto os que produzi.

Digo, os que sempre imagino como faria. Em primeiro lugar, meu documentário sobre Romário. Intercalaria cenas de gols, frases polêmicas - agora todos estão felizes: o rei, o príncipe e o bobo - e entrevista com amigos, ex-companheiros etc. Não falaria com o Romário para o documentário. O futebol que ele jogou falaria por ele.

O cartaz do filme teria Romário, com a camisa da seleção brasileira, comemorando um de seus gols com as mãos para cima. Cortado em seu peito, a frase: - quando eu nasci papai do céu olhou e disse "esse é o cara!" e o título provocativo do filme: Romário é rei. Eu teria problemas com a justiça, mas quem liga para direito de imagem?

Minha outra abordagem sobre futebol seria sobre a seleção de 58. Foi a primeira, a menos vista e a mais distante de todas do escrete canarinho. Algumas cenas me parecem épicas como Didi após o primeiro gol da Suécia com a bola na mão chamando o time para não se intimidar e reagir. O longa seria assim, com um quê de 300 de Esparta.

Eu começaria a película com a derrota do Brasil para o Uruguai em 1950, com Pelé consolando o pai que chorava e afirmando: "pai, eu vou ganhar uma Copa do Mundo para você". Corta. Oito anos depois, o mítico time do Botafogo e ele, Mestre Didi. Daí para frente, ele seria o personagem principal. No final, uma cena engraçadinha do autor do chute da folha seca confuso com algum comentário de Pelé para o pai. Na seqüência, a câmera sobe e vemos o estádio. Didi olha para cima e vê o sol. Ele sorri.

Ou algo assim. Aí, subiriam os créditos.