quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Eu vou dizer sim


Em breve, vou me casar. Não tem como falar o que significa o casamento sem passar por ele, só imaginar. E isso acho meio irrelevante para dissertar, até porque é meio óbvio que estou certo que será bom senão não iria querer :)

O que tem sido uma experiência amadurecedora é o período pré-casamento. Eu sei o que vou dizer quando me perguntarem e minha noiva também. Isso não me traz dúvida. Agora, alguns estresses que vale enumerar e que você vai passar se for se casar:

1- "Tem certeza?": essa é a pior de todas. Perdi a conta do número de pessoas que chega com uma cara de dúvida quase como se fosse perguntar se tenho AIDS ou se torço para o Fluminense (vade retro) e me questiona se estou certo, se sei que será diferente do que é, se é isso mesmo o que eu quero etc. Dá uma vontade extrema de responder: "cara, tem razão. Não havia pensado nisso. Vou fugir. Explica pra todo mundo o que aconteceu?"

2- Sacanagens: não rolou nenhuma proposta pra mim, mas essa a gente ouve de outros amigos. Tem gente que vê esse período como a despedida da solteirice. Não, meu amigo, você já não é solteiro antes disso. Transas, amassos e afins com quem não seja a sua respectiva é canalhice. Das grossas.

Nunca entendi quem aproveita para fazer das suas e sei de um caso que acabou muito mal com o fim de tudo. Se você passa ou passou por esse o melhor é declinar o convite ou repensar o noivado.

3- Brigas: Insuportável. Acredite, durante todo o processo você vai brigar muito e com muitos. Perdi a conta das vezes em que precisei me segurar muito para não olhar para cima e berrar: "serenidade, agora!"

4- Toda escolha é uma renúncia: eu não sei se o Chorão disse isso quando se casou - e nem sei se ele se casou. O pensamento é perturbador - mas sei que nunca me peguei tomando tantas decisões difíceis como nesses meses. Se você não recebeu nenhum contato ou aviso do meu casamento, muito provavelmente não deve receber mais*. Desculpa.

Acredite, eu queria chamar muito mais gente do que chamo, mas não é possível. Precisei fazer opções, priorizar a família (o que também estou fazendo menos do que queria) e excluir gente que gosta, mas que é menos importante do que outras. O pior é que não dá pra explicar cada convite e sei que muitas vezes fica confuso entender porque chamei fulano e não cicrano.

Se serve de consolo, eu já estive nesse papel e hoje sou bem mais compreensivo. Então, relaxe, faça suas escolhas, mas lembre-se que nem sempre é possível chamar todo mundo que gostaríamos**. No fim das contas, fique feliz por mim porque eu estou bem feliz :)

*A não ser que você more fora do RJ. Tá chegando, galera!
**E, infelizmente, usei como um dos critérios não chamar quem não me chamou. Não é rancor, mas infelizmente, na hora do aperto qualquer diferencial é válido. Por outro lado, isso dá o direito dos futuros casados não me chamarem. Acreditem, serei mais compreensivo :)

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