terça-feira, setembro 27, 2005

Multimídia

O mais estranho quando você acaba de se formar é que as coisas não parecem ser tão flexíveis quanto na faculdade. Decisões que você toma têm um peso muito maior, pois parecem que lhe afetarão pelo resto da vida.

No meu caso, essa semana não tive muitas escolhas, mas aceitei uma proposta de emprego que me levou para uma área que eu, por muito tempo, supus que seria a que me faria feliz: o cinema. Eu não tenho certeza, apenas sei que gosto de arte, gosto de criar e tudo mais. Mas o cargo sequer envolve criação, mas independente das (falta de) opções achei que seria um bom começo e uma guinada na minha vida.

O (suposto) problema vem que fico me perguntanto em como isso afetará outros interesses que tinha como jornalismo cultura, jornalismo na internet e aquelas idéias que tinha dentro da área de tecnologia? O cinema, certamente, me afastaria disso tudo.

Acho que a resposta vem do fato de que não são preciso escolhas, mas coragem. A coragem de escolher um caminho e de saber quando mudá-lo. Envolve também a preocupação de continuar ligado em todas as áreas e cursos para estar sempre, mesmo que indiretamente, por dentro das novidades.

E de ruim, ruim mesmo: apenas o fato do meu projeto de pesquisa não ter sido aprovado na UFF. Mas, tenho aí um ano para tentar novamente. E até lá terei mais bagagem profissional e intelectual. E não é essa uma das exigências do mestrado e da vida?

E essa é a ordem do dia: seja multimídia quando o assunto é comunicação. E desejem-me sorte!

quarta-feira, setembro 14, 2005

Sobre o Lado Negro...

Lado negro


Podemos comentar também que o Lado Negro representa o aspecto sombrio do ser humano. Liz Greene em seu texto Ao Encontro da Sombra revela que a sombra na psiquê humana é o nosso eu reprimido, são nossos temores e desejos que recusamos a perceber. A submissão ao lado negro, significa uma submissão à esses desejos e medos e uma negação de muitos aspectos que apenas o consciente pode encontrar. Sem as inibições do superego, o Sith é um jedi que adquire mais poder, pois não se importa com coisas ?mundanas? como justiça e bondade. Por isto, os Siths costumam ser mais poderosos que jedis: Darth Maul é muito mais poderoso do que o experiente Qui-Gon. Não por coincidência, Luke Skywalker só derrota Darth Vader em um momento de fúria, em um momento onde se entrega ao seu eu reprimido e à uma raiva que até então não conhecia. Ele se entrega ao lado negro e só então consegue derrotar seu pai. Felizmente, antes que se submeta inteiramente (da mesma forma como o jovem Anakin o fez quando matou o Sith Conde Dooku e o jedi Maace Windu) ele consegue recobrar sua razão e se recusa a matar seu pai (o momento da descoberta entre o que ele é e o que, realmente, deseja ser está quando Luke ouve o Imperador encorajando-lhe a matar seu pai e ele olha para Darth Vader, maneta e para sua própria mão. Biônica, como a do pai e percebe quão próximo está de se tornar um novo Darth Vader).

Sobre isso Greene comenta: ?hoje em dia, entendemos por sombra aquela parte da psique inconsciente que está mais próxima da consciência, mesmo que não seja completamente aceita por ela. Por ser contrária a atitude consciente que escolhemos, não permitimos que a sombra encontre expressão na nossa vida; assim ela se organiza em uma personalidade relativamente autônoma no inconsciente, onde fica protegida e oculta? (página 28). Da mesma forma, o lado negro ?compensa a identificação unilateral que fazemos com aquilo que é aceitável à nossa mente consciente? (página 28), ou seja, podemos nos certificar que o lado negro da nossa psique não é, simplesmente, um depósito de nossas mazelas, mas também um recôndito onde se abriga um poder que não conhecemos ou não queremos conhecer ou ainda não devemos conhecer. Nada diferente do Lado Negro da Força. É o ponto onde abrigamos muito de nossa raiva e fúria que pode tanto ser útil, quanto ameaçador para quem o guarda.

Vale a pena se entregar ao lado negro? O que você acha?

Três meses, dois dias e uma vida

Eu & Belle


Estranho seria se a gente não se encontrasse nesse mundo pequeno. Estranho seria se eu não soubesse o que é o seu beijo e principalmente seu riso-tudo.

Estranho seria se você não estivesse aqui. Se esse meu ar de alegria não tivesse uma explicação tão perfeita e maravilhosa.

Seria tudo tão estranho e tão vazio e eu sentiria a mesma saudade que senti durante todos os dias que procurei você, sem saber que você estava por aí.

Mas agora não é nada estranho. É tudo bom. É tudo maravilhoso. Eu te amo, linda. Não esquece disso, viu?


*Testemunho meu para Isabelle Lindote.

domingo, setembro 04, 2005

Cinco vezes Brasil

Gol, gol, gol, gol...Gol


Os cinco gols da seleção contra o Chile significam duas coisas para o futebol brasileiro. Primeira: na escassez de gols que vive o time do Flamengo é frustrante ver que quatro foram marcados por ex-jogadores do clube que saíram de lá ainda no auge (no caso de Adriano a frustração é maior porquê o atual Imperador sequer teve tempo de mostrar seu futebol antes de ser trocado por Vampeta e algum dinheiro).

A segunda é que ainda não é tempo de comemorar o título. A classificação antecipada e a possibilidade de terminar como líder (o Brasil está a apenas um ponto da Argentina) é justa, à altura do nível que o escrete canarinho possui. Porém, o Chile não é um adversário de peso. Longe de ter um ataque ameaçador (como já teve com Marcelo Salas e Zamorano em 98) a defesa do Chile não inspira confiança. Fato é que o quadrado mágico passou em seu primeiro teste, com louvor. Mas, ainda resta enfrentar um adversário de peso para saber se realmente poderemos manter tamanha ofensividade. Afinal, a Argentina, por exemplo, seria muito mais ameaçadora e difícil de se bater.

Mas, por ora...É tempo de comemorar e lembrar que Ronaldinho Gaúcho sequer estava em campo. Pedala Robinho...

sábado, setembro 03, 2005

Moulin Rouge

Moulin Rouge

O velho lide se eu tivesse que escolher duas palavras para definir em relação ao filme Moulin Rouge aplica-se perfeitamente às palavras despretensiosamente revolucionário. O filme de Baz Luhrman cresce exatamente por simplificar onde a indústria banaliza e por revolucionar onde os clichês se repetem. Em uma história com o velho tema ?só o amor salva? (ai que saudades da Cláudia Chaves) que já é conhecida desde a peça Romeu e Julieta (que aliás também se transformou em cinema pelo mesmo diretor), mas com uma roupagem totalmente nova. Afinal, como dizia aquela personagem de Lizbela e o prisioneiro: não importa o que se conta, mas sim como se conta.

Moulin Rouge


Moulin Rouge é tudo isso e um pouco mais. A idéia de Luhrman em fazer um musical, gênero até então esquecido por Hollywood (a última vez em que as atenções da indústria se voltaram para este tipo de filme foi em Evita) com músicas que foram emblema da cultura pop durante os últimos...Sei lá!

Moulin Rouge


De Sparkling Diamonds até um mix de músicas que iria desde In the name of love (Pride) do U2 até aquela música da Withney Houston que todo mundo já tentou cantar e nunca consegue. Daí passando por versões que equiparavam-se às originais. Não pela qualidade de seus intérpretes. Ewan McGregor esforça-se muito em Your song, mas não chega aos pés da qualidade vocal do gênio Elton John. Porém, sua tarefa não é ser músico e sim fazer parte do filme. Nesse sentido, as imagens, os arranjos e tudo mais de Moulin Rouge tornam esta versão tão poderosa quanto a do cantor inglês.

Moulin Rouge


Somem-se a isso interpretações magnânimas, atores pouco conhecidos como coadjuvantes, mas de um talento imenso (o primeiro filme que vi depois de rever este foi Crossroads ? amigas para sempre de Britney Spears, vocês já imaginaram o parâmetro de comparação? Foi como cheirar o banheiro masculino do CAP-UERJ depois de sentir perfume francês) e a direção (jura?) genial de Luhrman capaz de dirigir uma equipe enorme (só para os figurinos foram cerca de 80 profissionais) e ainda assim fazer da linguagem pop de videoclipes algo ainda belo e original.

Moulin Rouge


Infelizmente Moulin Rouge foi um filme prejudicado pela sua época. O Oscar destina-se muito mais a uma satisfação pessoal do que uma defesa de integridade artística. Assim, Nicole Kidman perdeu o Oscar para Halle Berry e Ewan Mc Gregor para Denzel Washington (na verdade, para mim o melhor ator da ocasião foi Russel Crowe em Uma mente brilhante) e o filme perdeu para o apenas competente Uma mente brilhante. Coisas de Hollywood que seguindo o padrão compensou os musicais premiando Chicago e eu fiquei tão revoltado com essa injustiça que até hoje não vi este filme.

Moulin Rouge


E além de tudo isso Moulin Rouge é a prova cinematográfica que mesmo a história mais brega ou clichê de amor, pode ser absolutamente inovadora, arrebatadora e...Linda! Dependendo de quem conta. Ou de quem vive :-)

PS: Se alguém tiver a letra de Hindi sad diamonds favor me enviar.