Já dizia o professor Xavier...

"A única constante da vida é a mudança."

E isso nunca foi tão verdade. Com o avanço da mídia digital nunca foi tão rápida a mudança. Conversando com minha chefe outro dia, lembrei que a tecnologia parece não diminuir mais seu ritmo de evolução. Já vi gráficos que falam das mudanças de web 2.0 para web 3.0 para web 4.0 para...

De bom para os profissionais ficam o constante crescimento e necessidade de outros tipos de profissionais. Essa semana, Diego Cox, analista de produtos sênior da Globo.com, falou do Community Evangelist. A Revista do O Globo já havia feito uma matéria de capa sobre os Cool Hunters, ou Caçadores de Tendências. Atividade que já era conhecida há alguns anos.

O comunicólogo que queria trabalhar só com impresso ou só com TV babô. Você pode não trabalhar diretamente com internet para sempre, mas ela já faz parte da sua vida mesmo que você não saiba. E é melhor saber.

De ruim, o caráter quase opressivo das mudanças. Para se manter atualizado é preciso ler mais e estar mais atento a novas ferramentas que surgem senão toda semana, todo mês há um ritmo quase proibitivo para que se tenha cada experiência - ter família, sair etc. ainda são atividades fundamentais.

A solução é disciplina, organização e consciência. Esta última, que você saiba que não precisa conhecer todas as ferramentas, mas saber muito bem algumas e ter idéia de qual o objetivo de cada funcionalidade e como ela muda sua vida profissional.

Catarse

Um professor meu de história explicou uma vez a situação da vertigem, que leva à catarse. O momento onde você tem um choque entre a realidade e seu eu. Basicamente, é quando você abandona sua máscara e, desnudo, compreende que você está pelado e o mundo não liga de jogar café quente em você.

É mais ou menos por aí que você sempre se recorda de sonhar que está caindo e acorda um segundo antes de tocar o chão. Meu chão sempre tinha azulejos negros e brancos. E o seu?

Devagar

A gente vai percebendo o que temos direito ou não de reclamar.

E, graças a Deus, eu não tenho o direito de reclamar de muita coisa.

Você sabe que está na hora de dormir quando...

Lê este tipo de notícia:

Ratinho grava piloto para virar a Oprah Winfrey do Brasil

Boa noite.

Só não pode chorar

A vitória do Flamengo sobre o Botafogo no último domingo merece muitos adjetivos, mas não o "incontestável". Afinal de contas, uma decisão por pênaltis raramente é. Porém, para os alvinegros, ela não só foi injusta como desleal.

Bebeto de Freitas, Arthur Dapieve, Carlos Augusto Montenegro e Marcelo Tavela, por exemplo, acham todos que houve "roubo" na partida por um pênalti não-marcado e porque nos minutos finais o juiz deu um impedimento inexistente ao time de General Severiano e expulsou o atacante Dodô, que chutou ao gol depois da marcação.

Convenientemente, os botafoguenses não comentam o pênalti de Luciano Almeida em Roni, que iguala a primeira injustiça.

A segunda é superestimada. O tal "gol" que dizem existir, nunca ocorreu. Dodô chutou a bola com o goleiro Bruno imóvel. Dizer que ele faria ou não o gol se Bruno pulasse é adivinhação. Um grande artilheiro e um grande goleiro. Não há como prever o que ocorreria se o impedimento jamais fosse marcado e lançar suspeição sobre isso é coisa de torcedor, não de quem quer encarar o futebol como ele é: injusto e emocionante.

Chutou pra quê?
A expulsão de Dodô foi absolutamente dentro da regra. Já tinha um cartão amarelo e recebeu outra por chutar, mesmo com o impedimento marcado. A pergunta que ninguém da imprensa fez - e que a torcida alvinegra esqueceu porque é mais conveniente culpar o adversário - é qual o motivo de Dodô ter chutado mesmo com a marcação do juiz? Não ouviu? Difícil. Quis ganhar no grito da torcida? Ou vestiu sua conhecida máscara habitual?



Ninguém sabe. Os repórteres em campo erraram ao não fazer essa pergunta - o atacante só comentou como seria "difícil" assistir as cobranças de fora por causa de um erro do juiz. Os botafoguenses também ignoraram o fato. Direito da torcida.

Nos pênaltis, segundo o regulamento a última instância da disputa de quem é o melhor, ganhou o time que cobrou melhor e com o melhor goleiro. Se o goleiro Julio César prefere fazer pênalti a ser leal com o time adversário, que pague o preço de ver o Max agarrando em seu lugar.

Justiça
Não houve injustiça alguma no jogo, além do impedimento (e, convenhamos, impedimentos não dados existem em QUALQUER jogo e como aquele, em outras zilhões de partidas). Cada time marcou dois gols, onde está o injustiçado? Sim, o Botafogo jogou melhor, por grande parte do jogo, e deve se perguntar porque essa superioridade não se traduziu em gols.

Outros times venceram jogando muito pior que o Flamengo e jamais tiveram seus títulos contestados. O título rubro-negro segue uma longa trajetória de trabalho, suor, talento e sorte do Flamengo com o Botafogo usando os mesmos elementos, porém desprezando o velho bordão do futebol: quem não faz, leva. Ou seja, quem não decide, perde.

Choro não condiz com as tradições do Botafogo. Dizer que é melhor do que o time que perdeu, também não. Mas o que esperar quando o técnico chegou a dizer que o "Botafogo merecia o título" antes mesmo da partida?

Qualquer coisa fora disso, é choro de torcedor. E torcedor que perde título não tem que chorar. Tem que aguentar e torcer e exigir por dias melhores. O Flamengo passou 14 anos sem um título nacional até ser campeão da Copa do Brasil e ser campeão estadual e fazer um papel frustante, porém auspicioso, na Libertadores.

Injustiça
Sim, na quarta-feira passada houve uma injustiça, de fato. O juiz argentino Héctor Baldassi ignorou a catimba uruguaia que atrasou o jogo muito além dos três minutos que deu, inverteu faltas e simplesmente fez que não viu dois pênaltis.

Daí alegar uma conspiração envolvendo o Boca Junior - que é possível e lógica, mas sem nenhum fundamento concreto - como fez Klebito Pé Frio é choro. Assim como alguns alvinegros choraram. O Flamengo pagou o preço de uma primeira partida em que esteve irreconhecível.



Da mesma forma como não mereceu vencer apenas por 2 X 0, o Flamengo também não mereceu perder apenas de 3 X 0. O juiz é um detalhe frustrante de uma partida em que fizemos valer a reversão a eliminação. Mas juízes ruins ou mal intencionados, times catimbeiros, campos ruins e resultados injustos são a própria essência da Taça Libertadores.

Conveniência
Ainda na decisão do Estadual, o mesmo Botafogo que reclama de roubo na decisão do Estadual é o Botafogo que vibra com a abritragem equivocada do jogo da Taça Libertadores e que ignora um erro ao seu favor em partida decisiva na Copa do Brasil quando enfrentou o único - rigorosamente o único - time em uma fase técnica tão boa quanto a sua.

A vitória deixou o time da estrela solitária com a mão na taça em uma semifinal contra um adversário fraco e uma final cujo time mais forte é o irregular Fluminense, que não tem um mês com o novo técnico. O erro foi tão evidente que o próprio juiz pediu desculpas.

Então, o Botafogo chora o roubo - que não houve - quando lhe é conveniente, vibra quando é contra o adversário, mas finge que não vê quando essas mesmas injustiças lhe colocam um título nas mãos?

O melhor é não chorar e jogar bola. Time o Botafogo tem. Só precisa aprender que para ser campeão é preciso mais do que jogar melhor. E não sou o único que pensa assim.

Quanto ao Flamengo, é esperar contratações e que o time seja mantido - com a exceção de jogadores como Claiton e Roni. É uma equipe que ainda dará mais alegrias do que o Estadual.

Nada como um dia após o outro

Em uma semana, esse time que "passou a ser temido", vai voltar a ser o Menguinho de sempre. Viva Defensores" Viva Juninho Paulista! Viva Souza! Viva Roni! Viva Ney Franco!
Eric | Homepage | 05.03.07 - 11:39 pm | #

Comentário de Eric Moreira. Preciso dizer que ele é vascaíno e atual vice-campeão da Copa do Brasil?

Olho nele

Estreou este mês o novo blog Prancheta do Lam, do artista Rafael Lam. Conheci ele através do Melhoresdomundo.net e, sem dúvida, é um dos melhores traços entre os artistas que conheço pessoalmente.

O cara tem futuro vale ficar de olho. Já está devidamente linkado no meu Blogroll.

Ok

O post passado não deu muita sorte. Vida que segue, veremos o que Klebito pé-frio fará.

Cante comigo

Faz tempo que quero fazer este post então lá vai...Todo mundo sabe que o time do Flamengo está longe de ser a máquina de 81. Não é e nem perto. Poderia dizer que é porque falta Zico, Junior, Leandro (embora o Leonardo Moura esteja longe de ser um "quebra-galho") e cia. Mas acho que dizer que o Nunes não falta - leia-se o "Souza é titular" - é o bastante.

Porém, mesmo sem ser uma máquina esse time conseguiu algo incrível: fazer o Flamengo voltar a ser temido. Após a conquista do primeiro título nacional depois de 14 anos, o time tem disputado a Libertadores e Estadual indo bem em ambos. De um jeito que faz a maioria dos rubro-negros adolescentes sentirem-se confiantes como nunca.

Como a maior parte das coisas incluindo Flamengo, tenho menos medo do adversário e mais do meu time. Além das desavenças internas, se o time perder apenas dois jogos essa semana podem ter certeza que é o fim do time. Klébito Pé-frio não vai perder a chance de vender todo mundo. O cara quase vendeu Obina, o maior ídolo, a preço de banana pouco antes da final da Guanabara.

Mesmo assim esse time já é memorável para mim por me fazer torcer e acreditar tanto quanto o time de 92 era capaz de fazer e por lembrar o time de 81.

PS: Monsieur Tavela acha que o time do Botafogo é melhor do que o de 95. Eu discordo, independente do resultado. Falta a poderosa zaga Gonçalves e Gottardo e o poder de marcação daquele time ainda é imbatível. Porém, é justo reconhecer duas coisas:

1) Este time joga bem mais bonito.

2) O Botafogo é bem mais organizado que o Flamengo e tem um centroavante que marca gols. Mesmo assim, a Estrela Solitária perdeu uma grande chance de vencer na semana passada. Agora é torcer para que o Flamengo cresça e não bobeie como no último jogo.

Justificando

Eu sei, eu sei...Já faz quase um mês desde o meu último post. Não foi por mal, eu juro, mas por outros motivos.

De lá para cá, Outono ficou um mês aqui em cima - mais tempo do que muito filme fica em cartaz. No mais, mudanças irão ocorrer em breve. A esperança é que eu mude antes que seja mudado. Veremos...