domingo, fevereiro 24, 2008

Destempero

Hércules


Hércules foi o maior de todos os heróis gregos. Por isso mesmo, dizem, é o que mais sofreu. O herói se condena quando se vê como um deus e ultrapassa sua Métron, sua medida, e usa a sua força suprema para se igualar aos que estão no Olimpo.

Trazendo isso para o nosso quintal, ultrapassamos nossa medida quando cometemos algum ato de fúria. Quando aquele cara ofendeu sua mãe, você poderia ter sido superior e passado por cima, mas quebrou a cara dele. Ainda bem que Zeus não existe de verdade. Acho. Ou então, você seria punido. Pergunte ao Ed, em Tebas.

Os heróis não podiam fugir da tragédia. Sua condição os tornava predestinados ao fracasso e tormento supremo. Teseu saiu do labirinto e matou o Minotauro, mas esqueceu de acender as luzes e seu pai morreu. Trágicômico.

"Mas não somos personagens mitológicos", lamentam os jornalistas sem pauta no pescoção. Somos seres humanos com livre arbítrio e podemos fugir de nosso destempero. Podemos nos manter em nosso métron e crescer com ele. Deixe as luzes acesas antes de ir, Teseu. Vai que você se esquece delas quando voltar.

sábado, fevereiro 23, 2008

Nem se coça

coça-coça


Muitas pessoas que sentem coceiras acham que estão sob o efeito de uma crise alérgica, mas podem estar simplesmente intranquilas. O subconsciente emite uma mensagem de que algo não vai bem forçando você a se coçar todo. Hitchcok ignorou isso em Festim Diabólico e preferiu que seu assassino quebrasse copos sem querer.

Aliás, pode ser uma boa forma de selecionar suspeitos. Em uma sala onde alguém acaba de ser assassinado e você sabe que o responsável ainda tem que estar ali procure quem se coça. Uma velhinha doce? Seja incisivo. "Por que se coça?" Se ela responder "alergia", desconfie. Se aumentarem as coceiras, pegue as algemas. Rápido.

E eu só escrevi esse texto porque estou no meio de uma crise alérgica. Acho que o meu caso tem subconsciente no meio. Foi só escrever e ela - a velhinha doce - foi embora. "Por que se coça?" A minha coceira deve ser de idéias querendo sair. "Alergia". Péraí que tá coçando. Alguém pega as algemas?

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Em obras

Homem trabalhando


A gente vive todos os dias planejando o nosso futuro e lembrando do passado. Nos intervalos a gente vive o presente. Ou não. Para algumas pessoas, os intervalos são para pensar o futuro ou para lembrar o passado...Enfim, esse foco depende de você.

De um jeito ou de outro, chega um momento em que você precisa enfrentar um dos três tempos: passado, presente e futuro. Um ponto em que você precisa refletir se agiu certo, se está feliz ou o que quer fazer da vida. Ou então, tudo isso.

É como a obra de uma casa. A gente quebra paredes, pinta a sala e, acredite, é sempre desagradável fazer obras. Principalmente, quando você tem que lidar com o pedreiro. Fora os custos.

O problema para muita gente - presente! - talvez seja em ver nessa reforma um momento belo. Afinal, não dizem que o mais legal da escalada nem sempre é chegar ao topo? Joseph Campbell escreveu sei lá quantos livros a respeito...

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Carnaval

Para quem me conhece é até óbvio que eu não curto carnaval. Detesto bloco de rua, desfile e samba. Na época da TV a Cabo eu não parava de ver séries.

Esse ano devo ler muito.